Pular para o conteúdo principal

Machismo nosso de cada dia

"Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura"
Já nos primeiros anos de colégio era um assunto abordado pela "Tia". A mesma tia que ao brigar com as meninas argumentava que tal comportamento não era coisa de moça. Tanto se falou e se fala sobre o machismo, mas ele está tão enraizado em nossa sociedade que por mais que se fale parece que ainda não se falou o suficiente. Há pessoas que conseguem ser extremamente machistas sem ter a menor noção de que estão sendo. Pensamentos e regras machistas são tão comuns que em muitos círculos o estranho é achar que não existe isso de coisa de homem e coisa de mulher, o que existe é apenas coisa de gente de ser humano. A maneira como cada um se comporta não deve ser ditada por um outro alguém que já escolheu tudo por você baseando se no seu sexo.

 Ele não pode fazer!


Pois bem, encontrei esse documentário que se chama "TPM Tradição Preconceito Machismo", ele não é muito atual, é de 2004. Achei super bacana e digno de ser divulgado.



Ano passado, há quase um ano atrás, o polêmico projeto de Mariana Gomes, de 24 anos, que passou em segundo lugar na Pós-graduação em Cultura e Territorialidades da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, com o projeto  ""My pussy é poder – A representação feminina através do funk no Rio de Janeiro: Identidade, feminismo e indústria cultural."  Até para transmitir a notícia certa parte da impressa, a mesma parte que acha que só é cultura se for erudita, foi bastante preconceituosa com o tema. Além da liberdade sexual feminina que ainda parece que ofende certa gente, ainda tinha a questão do funk, manifestação cultural marginalizada pelos pseudo intelectuais. Não estou dizendo que fulano ou ciclano é obrigado a gostar de tal manifestação cultural, e sim que nenhuma manifestação cultural deve ser marginalizada, principalmente se tal marginalização estiver calcada em preconceito de classe e hierarquização da cultura.


Dias atrás me enviaram uma parte de um livro, acredito que era um capitulo de um livro, o título da parte que me enviaram era "Solteira, sim, respeitada também". Eram uma porção de dicas de como se comportar para ser respeitada mesmo sendo solteira. OIIII??? Mulheres solteiras devem seguir uma cartilha para serem respeitadas? Como é isso? As que tem um Macho em sua companhia já tem esse respeito conquistado e não precisam seguir tal cartilha? As que não seguem as regras podem ser desrespeitadas, estão pedindo isso?

Recentemente houve uma escrota onda de assédio e abuso contra mulheres no transporte público, os encoxadores” além de praticar tais atos desprezíveis filmavam e divulgavam na internet incentivando outros escrotos a fazerem igual. A mulher ainda é considerada por muitos, objeto na mão do macho que não é capaz de controlar seu desejo sexual e é ela que tem que se vestir de maneira "respeitável" sob pena de levar a culpa pelo assédio, abuso ou violência sofrida.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

FILMINHO: Histórias Cruzadas (Título original The Help)

Amo filmes, embora seja apaixonada por suspense e terror, me identifico com os mais diversos gêneros. Drama está entre os meus preferidos, o problema é que já tenho vocação para o melodrama, "chorar largada", ser melindrosa mesmo, por isso costumo evitar o gênero. Não gosto de ir no cinema por inúmeros motivos, tais como se der vontade de sair você perde uma parte do filme, as pessoas não sei poque "cargas d'água" costumam interagir com o filme (como se estivessem em casa vendo TV com a família), sempre tem um fiozinho de ouro para ter uma comida com o saco barulhento, também costumam ter também casais muito quentes que não entendem que estão em público e etc.  Minha prima que carinhosamente chamo de Monstrinha me indicou um filme, que felizmente não estava mais no cinema. Vi de casa mesmo, o que já começa bem, tenho até mais boa vontade com o filme quando posso ver em casa.  O filme em questão é o  Histórias Cruzadas (título original The Help), é um d...

SE TOCA MENINA!

SE TOCA MENINA, sente-se da maneira que achar mais confortável. SE TOCA MENINA, seu corpo, suas regras! SE TOCA MENINA, Você não precisa ser mãe (essa não é sua  função no mundo). SE TOCA MENINA, se você for mãe, que seja por ESCOLHA sua. SE TOCA MENINA, não estar em um relacionamento não te torna uma "pessoa fracassada" (pessoa fracassada entre aspas, pois, por si só, considero essa expressão problemática, mas aqui cabe, transmite a mensagem). SE TOCA MENINA, Seu corpo não precisa ser igual aos das revistas. SE TOCA MENINA, Valorize suas particularidades. SE TOCA MENINA, Não deixe que seu corpo, sexualidade ou independência sejam demonizados. SE TOCA MENINA, Seu corpo, suas regras e seu prazer. Se toca menina, se toca menina, SE TOCA!!!

SÉRIE: Adorável psicose

" A vida é um tédio Dra. Frida. A vida é um filme do Leste Europeu, com uma trama minimalista e arrastada, dirigida por um cineastra aclamadíssimo, que eu não sei o nome, porque eu não sou culta o bastante. E no final da sessão, os pseudointelectuais discutem qual é o sentido do filme, o que o cineastra quis dizer. E o que ninguém sabe é que o cineasta não quis dizer nada, NADA Dr. Frida, ele tá é rindo da nossa cara, porque ele sabe que o filme é um saco e que não tem sentido nenhum. A vida é isso e eu quero o meu dinheiro de volta." O vídeo é um trecho do seriado "Adorável psicose", uma série brasileira e exibida pela Multi Show. Nela a protagonista Natalia  é uma jovem que acha dilemas em todos aspectos da sua vida, para ela o dia a dia é mais complicado do que para as outras pessoas. Por isso, ela decide procurar tratamento com  Dra. Frida (uma psicanalista que precisa de mais tratamento que seus pacientes). Os episódios em sua maioria, giram em ...