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Mostrando postagens de março, 2014

Machismo nosso de cada dia

"Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura" Já nos primeiros anos de colégio era um assunto abordado pela "Tia". A mesma tia que ao brigar com as meninas argumentava que tal comportamento não era coisa de moça. Tanto se falou e se fala sobre o machismo, mas ele está tão enraizado em nossa sociedade que por mais que se fale parece que ainda não se falou o suficiente. Há pessoas que conseguem ser extremamente machistas sem ter a menor noção de que estão sendo. Pensamentos e regras machistas são tão comuns que em muitos círculos o estranho é achar que não existe isso de coisa de homem e coisa de mulher, o que existe é apenas coisa de gente de ser humano. A maneira como cada um se comporta não deve ser ditada por um outro alguém que já escolheu tudo por você baseando se no seu sexo. Pois bem, encontrei esse documentário que se chama "TPM Tradição Preconceito Machismo", ele não é muito atual, é de 2004. Achei super bacana e digno de ser divulgad...

FILMINHO: Stoker (Segredos de sangue)

Tenho um enorme tombo por filmes que abordam a psicopatia. Segredos de sangue foi um filme que me seduziu de tal maneira, que ao terminar fui pesquisar mais obras do mesmo diretor, o sul-coreano Chan Wook-Park.  Descobri a Trilogia da vingança  e fiquei fascinada pelo cinema coreano. Stoker foi o primeiro filme deChan Wook-Park em língua inglesa. Ambos os filmes não são nada previsíveis, o que considero uma enorme vantagem. Mas não é uma imprevisibilidade que te deixa com a sensação de que foi lesada pelo autor da obra, e sim algo que você acha sensacional. Os personagens são bem "ambíguos", no sentido de que nenhum deles é simplesmente bom ou mau e todos eles são bem complexos. Superando a dificuldade com foco, volto a falar de Stoker, que é o protagonista do post. Um filmaço que indiquei para meus amigos e não sosseguei até que tivessem assistido. A fotografia é linda e a história super envolvente. A trama começa com India no meio de um campo, falando fras...

Enfeitar a sala, muito melhor do que fazer sombra na calçada

Logo cedo, miudinha ainda, lhe fora ensinado que era vantajoso ser um bonsai. Uma árvore que poderia crescer e atingir aquele tamanhão todo, não agradava ninguém. Era melhor ser moldada para permanecer miúda e poder ficar na sala, ser formosa e fazer sala. Crescer livremente no quintal, ficar grande e fazer sombra era pouco sofisticado e até mesmo banal, ninguém parecia precisar de sombra. Bom mesmo, era ter seu crescimento restrito, ser moldada e podada. Podada sempre, afinal, nenhuma planta precisava de asas. "Enfeitar a sala, muito melhor do que fazer sombra na calçada" e foi nisso que ela acreditou, enquanto sorria para as visitas, era formosa e fazia sala.

FILMINHO: Mary and Max, uma amizade diferente

Esse foi um filme que apesar de ter sido lançado em 2009, que só tive o prazer de assistir em 2014 graças a indicação de duas amigas. Se trata de uma animação feita em stop-motion com massinha e poucos diálogos, mas repleto de frases marcantes e reflexões que misturam drama, humor e sarcasmo. Pesquisando sobre o filme descobri que o roteirista Adam Elliot se inspirou em histórias reais, o que torna mais encantador. Mesmo tratando de temas pesados, tais como solidão, alcoolismo e depressão o filme consegue mostrar a beleza e suavidade de uma amizade verdadeira e isso é de encher os olhos.  A amizade retratada no filme é a de Mary e Max, Mary é uma menina de oito anos, que vive na Austrália, é ignorada pelos e que não tem amigos. Ela tem como único companheiro Ethel, seu galo de estimação. Max é homem de 44 anos que tem Síndrome de Asperger  e vive sozinho na cidade de Nova York. O destino dos dois se cruzam quando Mary resolve escrever uma carta para u...

E quando alguém assim parte, é claro que a gente se parte!

As pessoas alegres sempre me chamaram atenção, gente que tem aquele sorriso que te faz sorrir de volta. Ah... como são admiráveis pessoas que arrancam sorrisos da gente, de um jeito simples e despretensioso. Não estou falando de gente efusiva, gente efusiva é irritante. Essa gente de quem eu falo é aquela suave, que transborda alegria, que sorri e te abraça forte. Perto de gente assim, nossa tristeza nem ousa permanecer, não sobra espaço para ela.  Mesmo que tenhamos problemas e não estejamos em um dia de sorriso, perto de alguém que é só sorriso nosso sorriso também resolve aparecer, nem que seja por um instante só para fazer companhia ao sorriso alheio. E quando alguém assim parte, é claro que a gente se parte. A gente se parte mesmo! Uns se partem em pedaços menores, outros em pedaços maiores, mas a verdade é que ninguém fica inteiro.  Uns buscam a fé para unir todos os pedaços, outros apenas esperam que o tempo cumpra seu papel. Não sei o que vem depois, e muito m...

Você tem medo de quê?

Sofria de uma tristeza aguda e sem razão/motivo aparente. Talvez a não aparência do motivo (agora vejo que razão não tem cabimento aqui, tristezas nunca tiveram razão como pré requisito) possa ser responsável por tal tristeza. Mas responsável apenas em parte, não poderia tal detalhe ser responsável sozinho por toda aquela recorrente e tóxica melancolia. E o medo de ser quebrar? Pode ser ele responsabilizado? Afinal, as pessoas gostam achar que são inteiras.   Ah... O medo o medo é um bom vilão, se encaixa perfeitamente no papel. Ouso dizer que se o medo forma tivesse, seria uma forma com chifres. Porque chifres metem medo e não remetem a coisas agradáveis. O medo pode ser responsabilizado pela tristeza. Mas quais dos medos? Todos eles? Ou algum medo é protagonista dessa história? O medo de ter medo, sempre foi um de seus  grandes medos. Medo de sentir o coração pulsando mais forte por alguém também.  O coração poderia até pulsar mais forte, mas desde que fosse po...