Acredito que dentro de cada um de nós existe vários "eus". Nossas atitudes normais são como acordos, um meio termos entre cada um desses "eus" que nos compõe. Definir uma pessoa por uma atitude escrota que ela toma é no mínimo injusto. Mas julgar atitudes alheias "todos curtem", mesmo que a gente se policie "vira e mexe" estamos lá, prontos para apontar o dedo e julgar o primeiro a deslizar, o primeiro a perder a linha. Rotulamos os coleguinhas, os conhecidos, os amigos, família e até mesmo os desconhecidos.
O álcool funciona como uma perda de filtro. Aquele filtro que te regula, te impede de sair por aí pintando o sete de cabeça para baixo, colocando fogo no coreto, aquele filtro que faz com que você reprima eu "espirito de porco". Ok, não é legal tomar atitudes escrotas e colocar toda a culpa no álcool, mas de fato, algumas vezes a culpa realmente é dele. A ideia para a atitude é sua, daquele seu eu sem juízo, mas a força aliada com imprudência para concretizar tal atitude é do álcool mesmo. Quanto mais álcool no sangue menos rédea a pessoa tem. Rédeas são muito necessárias!
Ressacas são ruins, mas ressaca moral é o que há de pior. Aguentar julgamentos dotados de falso moralismo de senhores e senhoras "perfeitos" é fichinha perto de crise de consciência. Boas histórias para contar, mas nenhum orgulho para sentir das tais histórias. Mas o tempo é tão lindo, ele vai passar, tudo vai ser apenas isso, uma história, talvez até uma boa história ou no mínimo uma história engraçada. Quase uma versão pequizeira de: Se beber não case.
Li e amei o livro ame e de vexame de Roberto Freire. Vale a pena ler: http://www.editoramasterbooks.com.br/lancamentos-info-ame-e-de-vexame.php
ResponderExcluirObg pela indicação :)
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