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Você tem medo de quê?

Sofria de uma tristeza aguda e sem razão/motivo aparente. Talvez a não aparência do motivo (agora vejo que razão não tem cabimento aqui, tristezas nunca tiveram razão como pré requisito) possa ser responsável por tal tristeza. Mas responsável apenas em parte, não poderia tal detalhe ser responsável sozinho por toda aquela recorrente e tóxica melancolia. E o medo de ser quebrar? Pode ser ele responsabilizado? Afinal, as pessoas gostam achar que são inteiras.  

Ah... O medo o medo é um bom vilão, se encaixa perfeitamente no papel. Ouso dizer que se o medo forma tivesse, seria uma forma com chifres. Porque chifres metem medo e não remetem a coisas agradáveis. O medo pode ser responsabilizado pela tristeza. Mas quais dos medos? Todos eles? Ou algum medo é protagonista dessa história? O medo de ter medo, sempre foi um de seus  grandes medos. Medo de sentir o coração pulsando mais forte por alguém também. 

O coração poderia até pulsar mais forte, mas desde que fosse por um taquicardia qualquer, um probleminha "de leve" na saúde que  não trouxesse consequências mais graves. Nada de morrer do coração! Morrer também metia medo. Arrisco dizer que ter um coração apaixonado causava mais medo que o próprio medo de ter medo materializado e com chifres. Era medo de sentir! (Alguns sentimentos são realmente assustadores) Mas o medo de sentir era recorrente, já fazia parte do conjunto de temores.

Mas a história não acabaria sem uma surpresa. Um novo medo chegou para o conjunto de temores. Um medo novo e fresquinho, talvez até quentinho e acabado de sair do forno, mas não inspirava dedos fura bolo ou alguma vontade de beliscar. Nenhuma curiosidade para conhecer o sabor. O novo medo chegou tomando espaço e desbancando os outros. Ele, quem sabe, até mesmo, poderia ser a resposta mais "majestosa" para aquela tristeza sem explicação. 

O tal medo novo e fresquinho, quentinho mas nada apetitoso era o MEDO DE NÃO SENTIR. Tanto treinamento para se proteger de sentir talvez tenha surtido resultado. E o resultado trouxe a descoberta que "sentir muito por sentir tanto" na verdade nunca teve verdadeira razão de ser.


  

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