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FILMINHO: Persépolis




Persépolis é uma animação baseada nos quadrinhos autobiográficos de Marjane Satrapi. Uma aulinha da história Iraniana vista pela ótica de uma menina nascida em uma família moderna e politizada mas que viveu em um cenário de opressão. A trama começa no inicio da Revolução Islâmica que levou o Irã ao Regime Xita, quando Marjane ainda era uma criança curiosa tentando entender o que se passava a sua volta. Logo em seguida ela se vê obrigada a usar o véu islâmico e frequentar uma sala de aula só para meninas. Marjane não se adapta ao Regime opressor e seus pais temendo por sua segurança a mandam para a estudar na Áustria.Em terras gringas fica mais evidente o quão ela é deferente dos outros jovens, o que faz com que ela demore bastante a se adaptar e acabe voltando para seu pais. De volta ao Irã Marjane ironicamente tem dificuldade em se adaptar, no meio da trama uma das falas dela é que se sentia estrangeira mesmo em sua terra natal. 





O filme estreou no Festival de Cannes em 2007. O filme foi lançado na França e na Bélgica em 27 de junho do mesmo ano. No Brasil, foi lançado  Festival Internacional de São Paulo em outubro de 2007 e no circuito comercial em fevereiro de 2008. A animação é basicamente em preto e branco, são poucas as cenas com cores. O que difere bastante das animações que costumo assistir, que em suma são bem coloridas. Mas não é só pela falta de cores que Persépolis é singular, a animação tem um viés de filme independente e um tanto quanto poético. 


Os pais de Marjane são modernos e possuem consciência politica mas é sua avó que a influencia a ter uma visão feminista do mundo. Além de orientar a neta sobre o papel da mulher na sociedade, o personagem da avó é divertido e orienta moralmente a neta. O filme mostra o crescimento e as aventuras de uma "rebelde com causa" que assim como sua avó adota uma postura combativa diante das atrocidades vividas pelo seu povo. O dilema vivido por Marjane é dramatizado sem que sejam forçadas soluções, como se documentário fosse, você meio que se sente bem próximo do cotidiano da personagem. Acho que é isso, o filme nos faz enxergar o Irã com olhos menos ocidentais.









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